“Sou de Araraquara e me chamo Carolina! Na época em que a história que
vou contar aconteceu tinha vinte e quatro anos, sendo que tudo ocorreu há mais
ou menos dois anos atrás. Hoje estou casada, mas naqueles dias ainda era noiva
do Flávio, que tinha vinte e três anos. Estávamos batalhando bastante para
juntar um dinheiro, pois pretendíamos em breve sair dos fundos da casa da minha
mãe, onde morávamos, para ir para uma casa alugada que viéssemos a escolher... O
Flávio e minha mãe discutiam praticamente todos os dias e, bem por isso, ele
arrumou uma maneira de conseguir um emprego pra mim num consultório
odontológico onde trabalhava, onde era um verdadeiro faz tudo (registrado como
segurança, mas virava e mexia estava indo nos mais diversos locais comprar isso
ou aquilo, fazendo pequenos serviços de encanador, eletricista, faxineiro...),
isso já há seis anos. Assim como meu noivo, fui contratada como secretária, mas
também tinha muitas funções, como fazer o cafézinho, uma limpezinha aqui outra
ali... Até a esterilização de instrumentos às vezes sobrava pra mim; mas não
estava nem aí, pois ao menos estávamos conseguindo ganhar nosso dinheiro.
O consultório odontológico ficava numa avenida movimentada onde existem
outros comércios: loja de móveis e eletrodomésticos, joalheria, padaria,
consultório médico, loja de ferragens, escola de idiomas, pet shop... Entre
outros estabelecimen-tos!
Eu trabalhava das oito da manhã às sete da noite. Já Flávio, além de
fazer o mesmo horário no consultório, também trabalhava como segurança numa
cachaçaria da rua detrás da clínica, onde as sextas e sábados entrava às oito
da noite e saia às quatro da manhã.
O problema é que Flávio não conseguia parar de beber! Às vezes chegava a
dormir na cachaçaria, pois não tinha sequer condições de voltar pra casa...
Tinha o vício desde os dezesseis anos e não havia maneira de se libertar dele.
Numa quarta-feira, as sete e pouco da noite quando caminhávamos numa
chuva relativamente forte, com um único guarda-chuva, indo ao ponto de ônibus,
que ficava uns duzentos metros da clínica... Um carro bem novo, preto, grande e
bonito parou do nosso lado enquanto o vidro foi se abaixando vagarosamente!
- Trabalham na clínica odontológica, não?
Exclamou um homem muito bem vestido.
Flávio tomou a frente com aquela cara de desconfiança dele:
- Por quê?
- É que sou
dono da loja de móveis planejados que fica ao lado! Está chovendo, se quiser posso
deixá-los lá na frente do terminal de ônibus do centro da cidade. Ao menos é
coberto! Moro ali do lado...
- Estamos
molhados... – Explicou Flávio.
O homem sorriu:
- Não
esquenta não, os bancos são de couro!
Entramos no automóvel, meu noivo na frente e eu atrás. O homem
rapidamente se apresentou, disse se chamar Alberto... Também falamos nossos
nomes pra ele.
- Estou
morando ao lado do terminal, acabei de me separar da minha mulher e aluguei um
apartamento lá... – Foi dizendo ele. –
Minha vida mudou de uma hora pra outra; sai de casa e demiti meu cunhado que
tomava conta da minha loja e desde então estou tocando eu mesmo o negócio...
- Eu conversava
bastante com seu cunhado... – Explicou meu noivo. –
De repente ele parou de vir, até achei que tivesse arranjado outra coisa pra
fazer!
Então ele aproveitou um semáforo e virou bruscamente o rosto para o banco
detrás, onde estava e perguntou o que fazíamos na clínica, olhando um pouco nos
meus seios e um pouco nos meus olhos! Flávio explicou que fazia de tudo um pouco
e falou que eu era recepcionista. Disse que éramos noivos e que morávamos
juntos nos fundos da casa da minha mãe...
- E se dá
bem com a sogra? Difícil genro morar com sogra sem ter confusão! E falo isso
com a experiência de quem já tem trinta e seis anos e já morou muito com
sogra...
Aí foi a deixa para Flávio ficar quase dez minutos falando mal da minha
mãe, narrando cada uma das brigas, contando tudo o que estava passando por não
termos pra onde ir...
- Que droga! – Exclamou Alberto e aumentou a intensidade do limpador de pára-brisa,
pois a chuva ficava cada vez mais forte... – Qual bairro que vocês moram?
Vou deixá-los lá porque está ficando cada vez mais feio esse tempo...
Meu noivo falou o bairro e o homem gentilmente nos levou até lá, depois
Flávio o instruiu a chegar até a casa da minha mãe... Então meu noivo desceu para
abrir o guarda chuva para que eu também pudesse descer o carro... Só que ao
descer, fechou a porta para começar a abrir o guarda chuva, então Alberto, sem
se virar para trás para que Flávio não reparasse, disse bem baixinho:
- Tchau,
deliciosa...
Desci no mesmo instante, antes mesmo do pamonha do meu noivo abrir o
bendito guarda chuva...
Flávio que não sabia de nada ainda acenou para Alberto que ligou o carro
e foi embora. Passamos pelo portão e pelo corredorzinho e chegamos a nossa
casinha nos fundos... Pensei tanto em dizer ao Flávio o que aquele homem
dissera quando ele descera do carro, pensei tanto... Mas não disse! Fiquei com
medo da reação dele, ele sempre fora muito cabeça quente, por isso discutia
tanto com a minha mãe.
Falando da minha mãe; naquela noite mesmo, os dois ficaram quase duas
horas discutindo... Minha mãe acusando o Flávio de ter quebrado a torneira do
tanque, pois na noite anterior ele ficara um bom tempo lavando uns tênis lá...
Ele negando e dizendo que ela era louca... Ela dizendo que ele não servia pra
nada, apenas para chegar bêbado em casa e viver sem dinheiro... Ele dizendo que
meu pai havia ido embora porque ela era muito chata... Aí não agüentei mais e
fui até lá; garanti para minha mãe que no dia seguinte mesmo arrumaríamos um
lugar para ficar, pois disse que estava cansada de tanta discussão!
Naquela noite ficamos acordados até as três e meia da madrugada pensando
num jeito de mudarmos dali e acabamos dormindo sem encontrar uma saída para
nosso problema.
Pela manhã, Flávio ligou ao dono da clínica em que trabalhávamos e disse
que entraríamos um pouco mais tarde, pois teríamos que visitar algumas
imobiliárias a fim de encontrarmos uma casa que pudéssemos alugar. Visitamos
umas quatro, mas desistimos, pois todas elas pediam alugueis adiantado como
garantia; uma pedia três, outras quatro... Não tínhamos o dinheiro. Fomos ao
dono da clínica pedir emprestado e ele, sem rodeios, abriu o jogo para o Flávio
na minha frente mesmo:
- Não me
sinto seguro em emprestar esse dinheiro a vocês! A Carolina está fazendo o
trabalho dela, tem se dedicado... Mas você não, Flávio! Às vezes você chega
bêbado para o trabalho, às vezes nem vem porque está ruim... Pensa que estamos
trancados aqui e não vemos, mas pessoas vêm nos dizer que ao invés de ficar lá
na frente fazendo a segurança da clínica, você dá umas escapadas para ir ao bar
beber! Desculpe, gosto bastante de vocês, mas não dá mesmo...
Que constrangimento, fiquei vermelha de vergonha. Entretanto, dei
bastante força ao meu noivo, disse que não nos abateríamos com nada! Fomos
falar com um dentista da clínica; mas ele também inventou mil e um pretextos
para não emprestar: falou que havia acabado de comprar uma casa nova, que
trocara o carro recentemente e estava voltando agora a colocar as contas em
dia... Outro dentista da clínica não ia muito com a cara do Flávio e com ele
nem falamos...
No horário do almoço, estávamos sentados numa escadinha nos fundos da
clínica pensando como chegaríamos em casa e encararíamos minha mãe depois de
ter dito tanta coisa, inclusive que não dormiríamos mais uma noite na casa
dela...
- Por que
tudo tem que ser tão difícil?
Perguntei com vontade de chorar.
Flávio nem deve ter ouvido, ainda estava quebrando a cabeça para
encontrar alguém que nos emprestasse o dinheiro que precisávamos... Sugeriu o
dono da cachaçaria, mas desistiu em seguida, pois disse que ele estava cheio de
problemas na justiça e possivelmente mais quebrado que a gente. Depois veio com
uma idéia que me deixou meio contrariada:
- E o cara
da loja de móveis planejados? Alberto, né?
Lembrei dele me chamando de “deliciosa” e tentei tirar aquilo da cabeça do
meu noivo no mesmo momento:
- Não, nem o
conhecemos...
- Mesmo não
conhecendo, nos deixou na porta de casa ontem! O dono da clínica nos conhece já
há algum tempo e nunca foi capaz de fazer nem isso...
- Não acho
uma boa idéia!
E quem falou que Flávio me ouviu? Agarrou minha mão e me puxou até a loja
do Alberto. O lugar ficava sempre com a grande porta de entrada fechada, por
causa do ar condicionado... Meu noivo empurrou a porta e entramos. A loja
estava sem qualquer cliente. Lá no fundo, depois de um monte de mostruários
presos às paredes e expostos no chão, avistamos Alberto atrás de uma mesa de
escritório...
- Não
acredito que o casal mais bonito que eu conheço veio comprar os móveis pra casa
nova?
Flávio já foi dizendo de uma vez:
- Pior é que
não! Viemos pedir sua ajuda de novo!
Ele discretamente parou de olhar para o meu noivo para lançar o olhar em
cheio nas minhas pernas... Estava com saia sobre uma legzinha preta transparente
por baixo...
- Se estiver
ao meu alcance!
Exclamou Alberto.
Flávio explicou a mais recente discussão que teve com a minha mãe, depois
falou sobre nossas visitas às imobiliárias...
- Eles dizem
que esse dinheiro é uma espécie de garantia...
- Disse que
me separei há pouco tempo, não? – Foi explicando Alberto. – Não querendo ser
pessimista, mas se um dia se separar da Carolina pode ficar preparado que ela
vai ficar com praticamente tudo...
- Tudo de
zero é zero... – Brincou Flávio e me
acariciou a nuca. – Coitada da Carolina, não tenho nem um cachorro para
puxar pelo rabo...
E Alberto bem disfarçadamente olhando meu decote.
- Mas vou
ajudá-los! Levanto esse dinheiro em vinte dias, um mês no máximo...
- Muito
tempo, Alberto! A velha não quer me ver nem pintada de ouro!
Protestou meu noivo.
O dono da loja abaixou a cabeça e fez quatro ou cinco segundos de
silêncio pensativo e apenas quando parecia ter concebido alguma solução para o
nosso problema, voltou a exclamar algo:
- Tenho uma
idéia: Empresto esse dinheiro e vocês só me devolvem a metade. Em troca Flávio,
quando chegarem novas mercadorias dentro das caixas você me ajuda a colocar no
estoque aqui dos fundos... E também, enquanto está fazendo a segurança da
clínica, dá uma olhadinha aqui na loja... Se vir alguma coisa estranha não
precisa se arriscar não, só chama a polícia, por favor. E a Carolina poderia um
dia sim um dia não só dar uma espanada nos meus mostruários... E se pudesse
começar hoje ficaria bem agradecido!
- Fechado! – Concordou meu noivo sem titubear.
- Mas os
móveis parecem tão limpos... – Exclamei.
- Parecem,
mas não estão! – Exclamou Alberto,
depois mudou o tom de voz para retomar o que estava dizendo. – Mas, como
disse; preciso realmente de vinte a trinta dias para levantar essa quantia...
Entretanto, como alternativa, nesse período e a partir de hoje, hospedo vocês
em meu apartamento! Lá tem dois quartos, sendo que naquele em que vocês ficarão
já há um colchão de casal novo que traria pra cá para colocar no mostruário de
uma das camas...
- Não sei,
não queremos te incomodar... – Exclamei em cima
- Mas não
temos outra opção, Carol... – Disse Flávio. – É
isso ou isso!
- Então
estamos combinados. – Afirmou Alberto. –
Às sete da noite levo vocês até a casa em que moravam para pegar suas coisas.
Tudo o que couber em meu carro nós podemos carregar...
- Você é um
santo enviado por Deus, Alberto!
Exclamou Flávio. O dono da loja apenas sorriu enquanto meu noivo dizia
agora que pegaríamos apenas nossas roupas, escovas de dente, pentes... Depois
falou que eu ficaria para espanar os móveis planejados, pois ainda tinha mais
meia hora de almoço! Saiu dizendo que iria correr atrás de um negócio e não
especificou o negócio... Na certa estava indo beber escondido pra comemorar a
fuga da casa da minha mãe!
Fiquei parada ali na loja me sentindo abandonada, me sentindo jogada aos
leões, me sentindo atirada num lago cheio de jacarés... Talvez estivesse apenas
fazendo tempestade em copo d’água! Mas assim que Flávio saiu da loja descobri
que não...
Alberto se levantou, foi até um armarinho e pegou um espanador de pó, me
entregou e depois ficou uns dez segundos parado na minha frente observando meu
corpo dos pés à cabeça...
- Carol,
você é muito gostosa!
Disse sorrindo.
Senti um calafrio, continuei séria.
- Quais
móveis vou espanar?
- Sabe que
eu vou comer seu rabo bem gostoso, não sabe?
Ao ouvir aquilo coloquei o espanador sobre a mesa de escritório e me
virei para sair dali, então ele segurou meu braço com força e me puxou, fazendo
com que meu corpo ficasse colado no dele...
- Não acha
que estou fazendo esse favor pra vocês para ser canonizado pelo papa, acha?
Acha que estou quebrando esse galho do tamanho do mundo porque fui com a cara
de vocês? Pensa que achei o imbecil do seu noivinho simpático e por isso deixei
a Madre Tereza de Calcutá encarnar em mim? Se quiser ir embora pode ir, mas
saiba que pra chegar no Flávio e dizer que me arrependi de hospedar vocês,
assim como me arrependi de emprestar aquele dinheiro, pra mim é muito fácil,
muito fácil mesmo...
- Não se
sente culpado em fazer isso? – Perguntei tentando encontrar bondade nele. – Você é um cara bonito,
não acho que precise disso para ficar com uma mulher...
E Alberto era um cara bonitão mesmo, alto, cabelos lisos, olhos castanhos
claros...
Ele me puxou e me encoxou! Segurou na minha cintura e puxou com força a
minha bunda contra o pênis dele... Depois livrou uma mão para agarrar uma mecha
grossa do meu cabelo e virar meu rosto, então foi subindo; lambendo meu queixo
e meus lábios.
- Espane aqueles
móveis pra mim!
Disse, dessa vez com a voz bem mansa. Sentou-se novamente na cadeira em
que estava quando entramos na loja e voltou a consultar seus papeis como se
nada tivesse acontecido.
Fui espanando os móveis e chorando bem baixinho. É difícil explicar, mas
ainda que indignada, sabia que aquilo havia me excitado. Porém, ao mesmo tempo
despertara em mim um ódio do tamanho do mundo.
Depois de alguns minutos ele disse que se quisesse já poderia ir, então
soltei o espanador ali mesmo e voltei para a clínica odontológica. Sentei na
minha mesa na recepção e fiquei me lembrando daquilo... O que mais me irritava
é que, apesar de nunca ter traído o Flávio nem nenhum outro homem que tenha
namorado, talvez num instante de fraqueza, se Alberto viesse numa boa, falando
comigo como fala quando meu noivo está por perto, talvez ele até conseguisse o
que queria... Nem precisava daquilo!
Às sete e vinte da noite Flávio e eu entramos no automóvel do Alberto
para passar em casa e pegar nossas coisas, meu noivo foi novamente na frente e
eu atrás. Chegamos à casa da minha mãe, que nem se deu ao trabalho de sair e
ver o que estava acontecendo. Observou o carro bonito e moderno parar na frente
de sua casa, depois observou-nos encher o porta malas desse carro de roupas, viu-nos
entrar para ir embora e nem a mão pra mim ela acenou.
Mas Flávio, morrendo de raiva dela, pediu um minuto para Alberto e desceu
para pegar sabe-se lá o que lá dentro da casa em que morávamos... Nesse
momento, o dono da loja se vendo sozinho comigo dentro do carro, virou-se para
me observar no banco detrás e exclamou como quem dá ordens a um empregado.
- Depois
quero te ver com essa calça que está usando, mas sem essa saia por cima!
Eu morrendo de medo do Flávio aparecer e perceber alguma coisa,
sussurrei:
- Não dá,
isso aqui é uma calça leg mais fininha, é transparente! É feita para se usar
com alguma coisa por cima... Não tem como usar só ela!
- Se vira!
Arruma alguma forma, deixa a porta do quarto aberta... Dá um jeito! Faça seu
noivinho ir tomar banho e me mostre, faça o que quiser! Mas quero te ver com
essa calça!
Nisso Flávio entrou no carro e sentou-se no banco do passageiro segurando
um tapetinho pequeno de porta...
- Ela não
achou que ia ficar com meu tapete, achou?
E então seguimos ao apartamento.
E ficava realmente próximo ao grande terminal de ônibus no centro da
cidade, num prédio de uns doze andares, sendo que o apartamento em que
ficaríamos aqueles dias ficava no nono. Subimos as roupas e as coisas que
trouxemos pelo elevador de serviço, sendo que Alberto, o lobo em pele de
cordeiro, mostrou-se todo disposto em ajudar, inclusive carregando trouxas
pesadas de roupas...
Quando entramos no apartamento tanto eu quanto Flávio ficamos
impressionados: era um apartamento razoavelmente grande, com uma sala espaçosa,
um banheiro e uma cozinha bem legais e dois dormitórios, sendo que o dormitório
em que Alberto ficava tinha uma suíte. Quase não tinham móveis... No banheiro
havia apenas um armarinho, na cozinha um armário razoavelmente grande com
bastante prateleiras, na sala um sofá-cama uma mesa de madeira com quatro
cadeiras e mais nada, mais nada mesmo... TV só no quarto do Alberto. No nosso
quarto havia uns três colchões encostados à parede, ainda no plástico; dois de
solteiro e um de casal, que colocamos no chão para que pudéssemos dormir.
Aí começamos a tirar a roupa das trouxas e a dobrá-las sobre um lençol
velho que as protegiam do contato direto contra o chão... Mas, três batidas à
porta chama-ram nossa atenção!
- Pode
abrir... – Gritou Flávio.
Alberto veio com uma história de que estava tentando fazer um macarrão
para comermos, mas que na cozinha era uma negação total, então pediu para que
eu só fosse lá dar uma olhadinha como a coisa estava andando...
- Não se
importa né, Flávio? Sabe que pode confiar em mim, não?
- Claro,
esquece isso! É o que te falei lá na loja: Você está sendo um santo em nossa
vida! Vai lá, Carol! – Disse meu noivo me
dando um empurrãozinho.
Quando chegamos à cozinha, Alberto deu uma olhada para ver se Flávio não
nos havia acompanhado, depois me colocou literalmente contra a parede e
exclamou com o olhar sério:
- Deve estar
brincando comigo né, Carol? Não disse para tirar a saia? Por que você não
tirou? – Foi murmurando e conferindo se meu noivo
não aparecia. – Tira agora que quero ver sua bunda, vai tira!!!!
- Não, agora
não! – Fui respondendo também murmurando. – Não
dá! Flávio vai tomar banho daqui a pouco, aí eu tiro! Aqui agora não dá e você
sabe disso... Pare de me pressionar, por favor!
Disse e sai andando de volta ao quarto. Lá, meu noivo me perguntou como
estava o macarrão, falei que estava tudo bem, que o cheiro estava ótimo. Fui
falando meio que num piloto automático, porque por dentro estava quase
explodindo de tanta raiva...
Terminamos de dar um jeito nas roupas e então pedi para Flávio ir tomar
banho...
- Não quer
ir primeiro? Queria conversar um pouco com o Alberto...
- Não, vai
você, depois eu vou! Veja se o chuveiro esquenta. Se não esquentar, pede
permissão para mexer nele e fazê-lo esquentar, você é bom nisso, já deu jeito
em tanto chuveiro velho na casa da minha mãe...
Ele pegou uma toalha de banho, colocou no ombro e foi, entrou no banheiro
e trancou a porta. Rapidamente tirei a minha saia e lancei meu olhar para
baixo; estava com uma calcinha pequena, branca, que estava bem à mostra, pois a
calça era muito transparente mesmo... Não tinha outro jeito, respirei fundo e
saí do quarto!
Alberto estava sentando no sofá-cama lendo uma revista, ao me ver abriu
um largo sorriso e soltou-a imediatamente... (Ouvi o barulho do chuveiro sendo
acionado) Parei de frente a uns dois metros dele...
- Pronto, já
viu?
Perguntei com um sussurro.
Ele balançou a cabeça num “não” cheio de cinismo. Levantou-se, veio até
mim e segurando em meus ombros me girou de modo que ficasse de costas pra
ele... Depois se abaixou e foi subindo as mãos pelas minhas pernas! Num momento
passou a lamber minha bunda por cima da calça...
Depois se levantou de repente...
- Ajoelha
aqui no chão e feche os olhos!
- Não, por
favor! – Supliquei em vão.
Ele pegou com força na minha cabeça me fazendo ajoelhar. Já com os
joelhos no chão, fechei os olhos e senti segundos depois ele esfregar o pinto
sobre meus lábios fechados... Virei o rosto, abri os olhos e ameacei levantar,
mas ele enlaçou os dedos no meu cabelo e me manteve naquela posição, à força...
- Feche os
olhos e abra a boquinha, sua putinha!
- Peço pelo
amor de Deus...
- Abra a
boquinha e feche os olhos! – Disse ele elevando um
pouco mais o tom da voz. – É tão difícil entender isso? Quer mesmo que o
Flávio ouça?
Fechei os olhos e desgrudei meus lábios e então ele enfiou o pênis dele
dentro da minha boca... Foi tirando e colocando bem devagarinho. Depois colocou
tudo de uma forma agressiva e quase engasguei. Então ele tirou e começou a
batê-lo na minha cara...
- Por
favor... – Exclamei quase chorando.
Ele me levantou e deu um beijo se esforçando em me fazer abrir a boca.
Quando abri, ele chupou minha língua com bastante força, quase me machucando. E
enfiando a mão dentro da minha calça e calcinha, meteu o dedo na minha vagina,
que inevitavelmente estava bem úmida...
- Dá uma de
menininha inocente, mas está bem molhadinha né? Vou adorar foder seu cuzinho
com bastante força, sua cadelinha!
Não falei nada.
Arrancou minha blusinha e meu sutiã, depois minha calça transparente e me
jogou no sofá-cama... E eu morrendo de medo da porta do banheiro abrir de
repente e de tudo aquilo ali acabar da pior maneira possível; com a morte
daquele vagabundo e a prisão do meu noivo...
Mas um barulho no banheiro o fez me soltar e correr para a cozinha,
enquanto eu fui meio desnorteada com minhas roupas nas mãos para o quarto.
Um pouco mais tarde, após também tomar banho, coloquei uma calça de
moletom bem larga e uma camiseta do Flávio. Não queria colocar nenhuma roupa
que insinuasse a Alberto que estava querendo provocá-lo, ou jogar o jogo dele.
Jantamos os três sentados à mesa
da sala. Depois Alberto foi para o quarto dele e Flávio e eu para nosso quarto.
Meu noivo estava bem cansado e eu estava muito estressada para pensarmos em
sexo.
No outro dia pegamos carona pela manhã para ir trabalhar e um pouco
depois da hora do almoço, Flávio veio me dizer que já havia falado com Alberto
sobre ele me levar embora, pois era sexta-feira e estava escalado para
trabalhar na cachaçaria. Perguntei se não poderia ir com ele... Ficaria num
canto quietinha esperando acabarem as horas de trabalho para irmos embora. Mas
ele nunca deixava, não seria dessa vez que deixaria; dizia que aquilo não era
lugar pra mim, dizia que se visse alguém apenas me encarando era capaz de matar
o cara... Se ele soubesse o que Alberto havia feito comigo então!!!!
As sete e dez entrei no carro e Alberto já foi dizendo:
- Vamos pra
um motel, transamos e depois te deixo em paz, juro! Ainda dou aquele dinheiro a
vocês e nem vou querer de volta... Não me fará falta! Estou dando minha
palavra...
- Não, não
vou a um motel com você, as pessoas me conhecem aqui na cidade!
- Então
vamos pra casa mesmo!
Exclamou ele e foi conduzindo o carro normalmente. Próximo ao prédio em
que estávamos morando, ele parou o carro em frente a uma farmácia e me mandou
comprar preservativos...
- Não vou
comprar, não vou saber onde enfiar a cara, nunca comprei!
Ele riu.
- Ouvi hoje
umas histórias meio estranhas em relação ao seu noivo: um passarinho me falou que
ele tem passagem na polícia por assalto à mão armada! Acho que isso já é o
bastante para fazê-los voltar pra casinha da mamãe, não acha?
- Isso foi
há muito tempo...
- Muito
tempo, pouco tempo... Será que isso importa?
Desci do carro sem dizer mais nada e fui até a farmácia, comprei os
preservativos, voltei ao carro e joguei-os no colo dele...
- Olha, você
tá muito malcriadinha hoje, hein menina...
Chegamos ao apartamento e ele já veio me abraçando e me empurrando para
dentro, meteu o pé na porta do quarto em que dormia e me jogou na cama, foi
tirando sua camisa e me encarando com sua cara de cafajeste...
- Por favor,
não faz isso não!
Pedi juntando as mãos como que fazendo uma oração.
- Sabia que
pedindo assim você me deixa mais excitado? -Exclamou ele enquanto tirava as calças e a cueca. – Tire sua roupa
também que nós vamos tomar um banho juntos!
Não obedeci, então ele me agarrou pelo braço com bastante força!
- Você está
me machucando...
- Já não te
falei que essa será a última vez que vou te tocar? Você pode por favor fazer o
que estou mandando?
Então fui tirando a blusinha, o sutiã, a calça jeans, minha calcinha...
Entramos juntos embaixo do chuveiro e ele veio me beijando e esfregando o
pênis em mim, nas minhas pernas, na minha bunda... Depois começou a lamber e
chupar meu peito com tanta força que notei na hora que havia ficado uma marca!
- Ficou uma
marca... – Exclamei com a voz meio esfarelada.
- Seu
noivinho vai vir bêbado e nem vai notar!
Desligou o chuveiro e se enxugou, depois veio querer me enxugar. Tentei
puxar a toalha, mas ele não deixou...
- Vou
enxugar você, meu bebezinho...
Depois me jogou novamente na cama, de bruços e por cima, ficou uns dez
minutos beijando e lambendo minhas pernas e minha bunda... Virou-me e chupou
por mais alguns minutos a minha vagina...
Sentia muito prazer, como talvez qualquer mulher em meu lugar também,
creio eu, fosse sentir. Mas nunca tive tanta vontade de tirar a vida de alguém
como naquele momento...
Ele se ajoelhou na cama e colocou o pênis dentro da minha boca, enquanto
ia me amedrontando com palavras propositalmente escolhidas com o único intuito
de me botar medo:
- Vou te
mostrar hoje como um homem de verdade faz sexo com uma mulher! Vou comer seu
cuzinho como nenhum outro homem fez por enquanto, depois vou encher sua boca de
porra e vou te fazer engolir tudo, até a última gota!
E ele estava certo; nenhum outro homem fizera aquilo comigo. Nunca havia
feito sexo anal, nunca havia permitido um homem gozar dentro da minha boca! No
meu rosto sim, mas não dentro da minha boca...
Alberto então colocou o preservativo e me posicionou de quatro, depois
forçou o pinto em mim, por trás... Soltei o corpo e tentei me virar e
convencê-lo a não fazer aquilo.
- Estou te
pedindo pela última vez, pode colocar, mas sexo anal não!
Ele sorriu extasiado.
- Se você
soubesse pedir eu pensaria no seu caso...
- Quer que
peça como? De joelhos?
- Não, quero
que peça assim: “Alberto não come meu cuzinho não!”. Aí até pensaria melhor...
Fui dizendo toda cheia de vergonha:
- Por favor,
Alberto... Não come meu... cuzinho... não...
- Fala rabo
agora!
- Não come
meu... rabo... não...
- Deixe-me
pensar melhor... – Disse ele parando por
alguns segundos, depois retomou a exclamação deixando claro que nada o faria
desistir daquilo. – Pensei e não vai ter como não comer esse seu rabão
gostoso não, Carol!
Puxou-me com força novamente para a posição em que estava e foi colocando
bem devagarinho o pênis em mim...
- Quanto
mais relaxada estiver, menos vai doer...
Exclamou como se fosse fácil pra eu relaxar naquele momento.
E fez o que queria comigo, comeu, como ele dizia, meu “rabo” como quis.
Chegou a tirar sangue enquanto eu chorava de dor e de um prazer que fazia
questão de esconder dele. Depois também fizemos sexo vaginal e por fim
infelizmente ele cumpriu o que prometeu: ejaculou na minha boca e ficou
segurando o meu rosto com força e me obrigando a engolir tudo... Quase vomitei
de tanto nojo.
Mas nem todas as promessas que fez ele foi homem pra cumprir, por
exemplo: transamos mais quatro vezes depois daquele dia e só não me obrigou a
transar mais, porque reatou com a esposa e reconstruiu seu casamento.
Disse que deixaria uns meses de aluguel pago para que continuássemos a
morar ali, só que depois descobrimos que ele era o dono daquele apartamento. Saímos
de lá quando as coisas foram melhorando e conseguimos juntar condições de andar
com nossas próprias pernas.
Pouco tempo depois ele vendeu a loja e sumiu no mapa. Achei que foi a
melhor coisa que poderia ter acontecido, mas meu noivo não; esse ficou triste
por um longo tempo, pois achava que Alberto seria um santo enviado em nossas
vidas para nos ajudar.”
C.N.M. - Araraquara/SP
Observação: Os nomes expostos no conto são fictícios, assim como pequenas informações que poderiam causar problemas ou constrangimentos.
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quero te conhecer gata
ResponderExcluirmanda manda seu contato para conversarmos
ResponderExcluirJESUS CRISTO ESTA VOLTANDO
ResponderExcluirPrincesa sou de araraquara, vila xavier, adoraria te conhecer sou liberal em todos os sentidos.
ResponderExcluirPrincesa sou de araraquara, gostaria de te conhecer, moro vila xavier, sou liberal em todos os sentidos.
ResponderExcluirPrincesa sou de araraquara, gostaria de te conhecer, moro vila xavier, sou liberal em todos os sentidos.
ResponderExcluir